Pra começar, suar a camisa dá um gás na circulação sanguínea. “E isso incrementa o aporte de suprimentos para todas as partes do corpo e minimiza inflamações”, explica o professor de educação física Marco Túlio de Mello, da Universidade Federal de Minas Gerais.
Mas a história não para por aí: praticar algum esporte regularmente e numa intensidade moderada tem efeito direto sobre as células de defesa. “Elas começam a englobar e destruir os patógenos com maior facilidade”, observa o biólogo André Bachi, da Universidade Cruzeiro do Sul, na capital paulista.
Em um levantamento recente, o cientista demonstrou que idosos ativos obtêm uma resposta melhor à vacina da gripe em comparação com indivíduos sedentários. “Apenas 50% dos mais velhos imunizados contra a influenza realmente se protegem da infecção, número que subiu para 90% quando uma rotina de exercícios foi implementada”, revela. Por fim, mexer o esqueleto ainda ajusta a comunicação entre os diversos agentes do sistema imunológico. É como se todos os protocolos de segurança interna do organismo se tornassem ágeis e inteligentes.
Só não passe do ponto
Levantar muito peso ou correr além da conta põe tudo a perder. “O exagero leva a um quadro inflamatório e a uma consequente queda na função imune”, avisa o profissional de educação física Luís Fernando Deresz, da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Fonte: Saúde Abril