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Dança é aliada de quem quer emagrecer, socializar e ser feliz

É só virar o ano que a promessa “vou cuidar mais da saúde” aparece e, para unir o útil ao agradável, muita gente usa a dança como aliada do bem-estar. Principalmente nessa época do ano, afinal ninguém quer fazer feio nos shows e ensaios de Verão que estão preparando o público para o Carnaval. Dança para emagrecer, para relaxar e para dar risada: não faltam motivos para arriscar uns passos.

“Eu amo dançar. Pra mim é uma terapia gratuita”, resume a estudante Júlia Costa, 18 anos, que sempre fez balé até que a rotina puxada do terceiro ano dificultou sua vida. Sem tempo para acompanhar aulas com horário fixo, Júlia combinou com a amiga e colega de escola Alice Vasconcelos, 17, que pelo menos uma vez por semana assistiria aos vídeos da empresa FitDance no YouTube.

O ensaio das coreografias dentro de casa foi o que ajudou as duas a manterem o equilíbrio no turbilhão que é o pré-vestibular. “A gente combinou que um dia na semana ia colocar o vídeo no computador, porque era uma maneira de se exercitar, perder peso, de ter uma atividade física mais livre”, conta Júlia que está estudando para medicina. “Achei uma maneira divertida de me exercitar”, conta.

Depois de fazer balé por nove anos, jazz e sapateado, Alice encontrou nas coreografias do YouTube “uma opção de não ficar totalmente parada”. “A dança é algo que sempre gostei muito e me faz muito bem. Não é só uma atividade física, por atividade física”, reforça a estudante que prestou vestibular para o Bacharelado Interdisciplinar de Humanas da Ufba. Além de relaxar corpo e mente, os ensaios deram de quebra um motivo a mais para socializar nos famosos “reggaes” de turma.

“Antes, as pessoas colocavam qualquer música e quem gostava dançava. Hoje em dia, muita gente acompanha o canal e junta com quem sabe. Quem não sabe aprende”, explica Alice. “Já aconteceu da gente ir para um lugar que a gente não conhece direito as pessoas e alguém falar ‘me ensina essa’”, conta Júlia. “Não era um costume das pessoas de dançar em reggae, mas se tornou um novo jeito de socializar, compartilhar. Qualquer pessoa aprende e todo mundo se diverte. É muito mais você se soltar e aproveitar. É uma válvula de socialização muito boa”, garante. Hábitos saudáveis

Quem nunca chegou em uma festa e teve a sensação de que todo mundo já estava com a coreografia ensaiada? A principal responsável por isso é a empresa baiana de dança FitDance, que tem uma média de 13 vídeos lançados por semana em cinco canais no YouTube que ultrapassam 4 milhões de visualizações por dia e mais de 6 milhões de inscritos. Influente, a FitDance ajudou os baianos a resgatarem o hábito de ensaiar os hits em casa, ou nas academias, para não fazer feio na frente dos amigos.

“Voltou o hábito de ir pra festa para dançar, que há muito tempo tinha se perdido. A FitDance tem esse conceito de dançar junto. Se uma pessoa começa a dançar porque viu o vídeo na internet, a outra diz ‘essa eu sei’. A gente sempre quis fazer parte da vida como um todo. Desde o início a gente pensava em um estilo de vida, mais do que uma aula, ou uma coreografia”, afirma o coreógrafo, criador e presidente da FitDance, Fabio Duarte, 37 anos.

Com cerca de cinco mil professores formados pelo método FitDance, a empresa dissemina suas coreografias em academias, prédios, parques e outros espaços ao ar livre, como aconteceu durante o projeto Sou Verão, do CORREIO. Diante da quantidade de ensaios de Verão e do Carnaval batendo na porta, como, então, se preparar para a temporada de danças do Verão?

O educador físico baiano Marcos Soares, 37 anos, destaca que a primeira coisa a se pensar quando se fala em Verão é a temperatura. “Principalmente  em Salvador, que é uma cidade muito quente. Existem algumas precauções: não ficar exposto ao sol, ou dançar em uma sala com calor intenso, que não tenha ventilação, são algumas delas”, pontua Marcos que é radicado em São Paulo, cidade onde fez mestrado em fisiopatologia e especialização em fisiologia do exercício.

Outra dica para encarar a temporada é usar roupas menos escuras, com tecidos mais leves que não retenham calor, como dry fit e poliamida. “Algodão é ruim, tem que ser um tecido que ‘respira’ melhor. Roupas pretas retém muito calor, consequentemente o corpo vai absorver mais”, justifica Marcos, que é coach da FitDance e responsável pela empresa no Sudeste. “Os professores que forem fazer aulas no período da tarde, na hora do almoço, ao ar livre, devem incentivar seus alunos a fazerem uma alimentação mais leve com frutas e evitar comidas pesadas, com digestão mais lenta”, acrescenta.

Além disso, Marcos recomenda usar boné, viseira e protetor solar quando a coreografia for feita ao ar livre. A hidratação também é apontada como a principal aliada para uma boa performance, comenta o educador físico, afinal as pessoas têm uma sobrecarga maior da parte pulmonar e cardiológica,  no calor, além de uma sudorese intensa que serve para manter o equilíbrio da temperatura corporal. “Se não hidratar antes, durante e depois, provavelmente vão aparecer câimbras, náuseas e até desmaios – que acontecem quando o cérebro se protege e ‘desliga'”, explica.

Marcos destaca, ainda, que “diferente de uma aula de bike que você pensa ‘vou queimar uma caloria'”, a dança vai além do mundo fitness e não serve só como exercício aeróbico para perder peso. “A dança produz hormônios do bem-estar: endorfina, serotonina…”, enumera. “Ela tem um benefício, um link emocional, e deixa sua mente mais leve”, completa o coreógrafo Fabio Duarte. “A dança realmente alivia o estresse e faz com que a pessoa fique de bem com a vida. O público não vai só para aprender a coreografia, vai para se divertir. Ele quer dançar junto, dar risada com as amigas. Tem gente que erra metade das coreografias, mas está feliz. A dança bota uma pitada a mais de alegria no dia que estava pesado”, garante.

Fonte: correio24horas

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